fbpx Gerador de Ozônio Inteligente - Ozônio na degradação de resíduos agrotóxicos e conservação de cenouras
Gerador de Ozônio Inteligente
19 3937-6464 19 97133-5072 Acesso de Clientes
myozone geradores de ozônio
Voltar

Ozônio na degradação de resíduos agrotóxicos e conservação de cenouras

Ano: 2017

Tipo de Trabalho: Tese de doutorado em Engenharia Agrícola

Centro de Pesquisa: Universidade Federal de Viçosa

Orientador: Lêda Rita D’Antonino Faroni

Autor: Luana Pellanda de Souza

Área de Atuação: Degradação de resíduos agrotóxicos

Palavras-chaves: Cenoura, Daucus carota, Resíduos perigosos, Produtos químicos agrícolas, Ozônio, Difeconazole, Linuron

O uso do ozônio na degradação de resíduos agrotóxicos em cenoura é abordado em tese de doutorado apresentada em 2017 na Universidade Federal de Viçosa. O estudo ozônio na degradação de resíduos agrotóxicos mostrou ainda que o tratamento aumentou a vida de prateleira da cenoura.

O uso indiscriminado de agrotóxicos e a não observância dos períodos de carência faz com que alguns ingredientes ativos sejam detectados em concentrações acima do limite máximo de resíduo (LMR) em diversos alimentos.

Neste contexto, há uma necessidade de se estudar a dissipação de resíduos de agrotóxicos em alimentos, bem como desenvolver estratégias para remoção ou redução destes resíduos nos alimentos, após a colheita.

Os tratamentos utilizando ozônio (O 3 ) vêm sendo estudados como alternativa para descontaminação de alimentos por apresentar uma série de vantagens como, por exemplo, seu alto potencial de oxidação mesmo em baixas concentrações. A presente pesquisa foi realizada em três etapas, as quais foram relatadas nos artigos que compõem esta tese.

Na primeira etapa, investigou-se a dissipação de dois agrotóxicos, difenoconazol (fungicida) e linurom (herbicida) aplicados em culturas de cenouras.

Para tal, seguiu-se uma abordagem experimental de campo como cenário de exposição de cenouras a uma, duas e cinco vezes a dose recomendada destes agrotóxicos, e a formação de seus produtos de degradação natural.

As tendências de degradação para as diferentes doses de difenoconazol e linurom na cenoura seguiram um modelo de pseudo- primeira ordem, porém com diferentes taxas de degradação.

O difenoconazol foi o agrotóxico menos persistente, contudo os dois produtos mostraram persistência dependente da dose. Os tempos de degradação de cinquenta porcento dos resíduos (TD50) dos agrotóxicos nas diferentes doses aplicadas variaram de 1,7 a 2,7 dias para difenoconazol e de 7,6 a 10,5 dias para linurom. Ao fim do período de carência, as cenouras tratadas com altas doses dos agrotóxicos foram consideradas impróprias para o consumo. Não foram encontrados produtos de degradação dos pesticidas estudados nas cenouras.

Os resultados reforçam que o cumprimento das instruções de dosagem e período de carências estabelecidos para os agrotóxicos estudados na cultura da cenoura asseguram que os limites máximos de resíduos sejam respeitados. Na segunda etapa deste trabalho utilizou-se um planejamento fatorial do tipo composto central para estudar três variáveis que regem a eficácia dos tratamentos com
ozônio: concentração de O3, temperatura e tempo de tratamento. Este é o primeiro trabalho demonstrando a remoção de difenoconazol e linurom em cenoura pelos tratamentos com ozônio.

A remoção dos agrotóxicos aumentou com a concentração de ozônio e com o tempo de tratamento. Porém a temperatura não teve influência na remoção dos resíduos. Os maiores percentuais de remoção foram atingidos quando as raízes foram expostas durante 120 min a 5 e 10 mg L-1 de ozônio, respectivamente, nos tratamentos com O3 em gás e dissolvido em água.

Após cinco dias de armazenamento das cenouras, os valores máximos de remoção dos agrotóxicos pela exposição ao gás ozônio foram superiores a 98% para o difenoconazol e 95% para o linurom. Nos tratamentos com O3 dissolvido em água, as remoções de difenoconazol e linurom atingiram valores de até 96,0 e 79,8%, respectivamente.

Os produtos de degradação de resíduos agrotóxicos pelo O3 não foram encontrados. Na terceira etapa do estudo avaliou-se o efeito de tratamentos com ozônio em gás e dissolvidos em água na qualidade de cenouras. A exposição de cenouras ao ozônio em gás e dissolvido em água não alterou a porcentagem de perda de massa, firmeza e cor das cenouras. Os tratamentos com O3 em gás também não afetaram o pH e os sólidos solúveis das cenouras. No entanto, em tratamentos com O3 dissolvido em água, as concentrações de ozônio e sua interação com a temperatura afetaram
temporariamente o pH das cenouras. Além disso, o O3 em gás impediu o aumento acentuado do teor de sólidos solúveis durante o armazenamento, aumentando assim a vida de prateleira
das cenouras.

Portanto, pode-se concluir que o cumprimento das instruções de dosagem e período de carência estabelecidos para os agrotóxicos estudados na cultura da cenoura asseguram que os limites máximos de resíduos sejam respeitados e que o ozônio em gás e dissolvido em água pode ser utilizado para remoção de resíduos de difenoconazol e linurom em cenouras sem prejudicar a qualidade dos vegetais.

Artigo Completo